Pra quem não lembra da Copa de 1970, em que o Brasil foi tricampeão mundial, em plena ditadura do regime militar, que imperava, tendo um General do Exército Presidente "Garrastazu Médici", considerado um militar linha dura.
Pois bem, esse presidente tomou conhecimento que o técnico da seleção era João Saldanha, militante de esquerda determinou seu imediato afastamento sem medir as consequências, sendo substituído por Zagallo.
Não satisfeito, ainda de uma única "canetada", determinou a comissão técnica convocar o jogador "Dadá Maravilha", centroavante do Atlético Mineiro, para fazer parte do elenco de atletas da seleção.
Dário, conhecido como o "Dadá Maravilha", uma figura irreverente, mas não jogava nada, tudo porque deu vontade ao general. Ele era quem dava as ordens. E olhem que Saldanha sequer deu as costas pra o general presidente.
Hoje estamos novamente governados por um militar. Porém com uma grande diferença, tornar-se um presidente em situação idêntica, a do Médici, tendo um técnico de seleção, senão militante da esquerda, no mínimo um admirador, e o atual presidente Bolsonaro, militar deu um exemplo de um jogador de excelência!
Tratou a situação como normal, a atitude do seu servidor auxiliar e comandante no cargo de técnico, subordinado, respeitando seu direito democrático. E foi essa a diferença, simplesmente só comprova que as Eleições em outubro/2018, esse militar foi eleito pelo povo e não através de golpe.
Não votei no Bolsonaro, mas com essa atitude, me touxe a lembrança cinzenta dos anos 70, que talvez muitos aqui estejam decepcionados com seu comportamento, desejando até que ele tivesse a mesma atitude do seu colega de farda...
Por essa razão tendo minhas críticas ao seu governo, confesso que ganhou o meu respeito. Parabéns Bolsonaro, parabéns Brasil!
Parabéns a Democracia!
Crispiniano Daltro