Octávio Mangabeira se notabilizou com a máxima: "Pense num absurdo! Na Bahia tem precedente". É inacreditável, mas infelizmente é verdade. A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou a concessão da maior honraria - comenda 2 de Julho - a uma cidadã desprovida de mérito para tal finalidade, tendo inclusive apoiado e participado nos bastidores dos atos terroristas de 8 de janeiro, constituindo-se em mais uma excrescência promovida pelos porões da política do baixo clero, numa tentativa de desviar o foco das atenções que recaem sobre seu quase presidiário marido, há algum tempo inelegível e envolvido com inúmeros processos que o colocaram num caminho sem volta, rumo à Papuda.
A limpeza institucional está apenas no começo, é um verdadeiro jogo de paciência. Por mais paradoxal que possa parecer, a desqualificada iniciativa partiu de uma ovelha desgarrada do rebanho que atende pelo nome de Jesus.
Absolutamente nada a ver com o verdadeiro Jesus Cristo. Cruz credo!. Como entender uma votação desse quilate, certamente realizada de forma secreta e sem identificar seus apoiadores?. Se houvesse seriedade, sequer deveria ter tramitado pela Casa tamanha aberração. Não custa nada lembrar o que ocorreu com o antigo Aeroporto 2 de Julho, que passou a chamar-se ALEM, graças a uma manobra sorrateira que contou com o referendo de parlamentares traíras, só Deus sabe a troco de quê. E dizer que a solicitação inicial pela concessão da honraria se deu simultaneamente ao escândalo das jóias envolvendo o pseudopresidente, recebidas como agradecimento pela venda irrisória da Refinaria Landulpho Alves.
De lá para cá as denúncias não param, todas indefensáveis.
A ALBA tem a obrigação de se retratar em respeito à data magna, deixando o plenário às moscas por ocasião da estúpida homenagem.
Jorge Braga Barretto
Contato: [email protected]
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 22.12.2023.