Nada mais surpreende na política brasileira, mas é o cúmulo do cinismo o acintoso achincalhe ao nome de Leonel de Moura Brizola. Respeitem a ausência daquele que jamais estenderia a mão às ratazanas oportunistas, ainda mais em período eleitoral. É o caso do apoio indecente do PDT no segundo turno ao candidato bolsonarista em Fortaleza, demonstração inequívoca do esfacelamento do partido ao qual fui filiado com muita honra na era brizolista. 

A pouca vergonha tomou conta de determinados partidos ditos de esquerda quando permitem filiações sem que se faça preliminarmente um estudo criterioso, a começar pela folha corrida do futuro filiado. Ao meu ver, são falhas grotescas da legislação eleitoral. É o mínimo que se poderia exigir dos partidos políticos. Trata-se de gente despreparada e sem qualquer compromisso ideológico, preocupada exclusivamente com a politicagem barata, amantes inseparáveis do orçamento secreto. 

O eterno Ciro Gomes, nascido na cidade paulista de Pindamonhangaba, tantas vezes candidato à presidência da República - sempre derrotado -, aliado a um punhado de asseclas, acaba de decretar o fim de seu carreirismo político, ao apoiar no Ceará o candidato do genocida no segundo turno. Ciro é mais um da extrema direita disfarçado de progressista, que jamais teria a petulância de tomar semelhante iniciativa se Brizola estivesse entre nós. É preciso reestruturar pra valer a briosa militância da verdadeira esquerda até 2026 porque o péssimo exemplo nas eleições recentes para vereador e prefeito certamente não será reeditado para a prrsidência da República e governos estaduais. 
O Congresso Nacional também carece de uma limpeza em regra, condição sine qua non para assegurarmos a democracia e a soberania nacional.

Jorge Braga Barretto - Soteropolitano, Perito Criminal de Polícia Civil aposentado, Bel em Direito, rubro-negro, autor de diversos artigos publicados no jornal A Tarde (Espaço do Leitor), o Servidor e Página de Polícia.
E-mail: [email protected]

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