A desmoralização do futebol brasileiro passa em primeiro lugar pelos graves acontecimentos que envolvem as casas de apostas e marginais da bola que se colocam à disposição dos proprietários, modificando resultados dos jogos de acordo com os interesses dos responsáveis pela prática criminosa. Não se justifica que jogadores de futebol com salários milionários se deixem levar pela ganância e desonestidade de tais empresários.
O caso recente do jogador do Flamengo Bruno Henrique ao provocar a expulsão num jogo contra o Santos em 2023 certamente não será o último. Torço para que as provas obtidas nas investigações da Polícia Federal não se transformem futuramente em meros dados estatísticos, servindo apenas para melhorar a audiência da mídia sensacionalista e consolidar a impunidade, ainda mais quando o clube envolvido é o preferido da Globo.
A solução paliativa é a imediata paralisação dos campeonatos até que todas as denúncias que tramitam sejam apuradas com rigor e celeridade, e os culpados - casas de apostas e jogadores - condenados exemplarmente, de preferência excluindo a casa de aposta da prática comercial e proibindo o jogador ao exercício da profissão, não se descartando o cumprimento de pena a depender da gravidade do caso.
Que venha a solução paliativa e em seguida a definitiva, se é que as entidades esportivas têm interesse em moralizar o futebol.
Com a palavra a CBF.
Jorge Braga Barretto - Soteropolitano, Perito Criminal de Polícia Civil aposentado, Bel em Direito, rubro-negro, autor de diversos artigos publicados no jornal A Tarde (Espaço do Leitor), o Servidor e Página de Polícia.
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(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 06.11.2024