O torcedor brasileiro ainda não parou para pensar sobre o futuro de seus clubes, o envolvimento direto com SAFs e casas de apostas, uma combinação nada recomendável se levarmos em conta a total falta de transparência nas transações bilionárias no mundo da bola. Gostaria de sugerir uma simples investigação dos órgãos competentes, sem muito esforço, no tocante ao CNPJ dos clubes. Seria um prato cheio se confirmada a lavagem de dinheiro. Como entender que clubes renomados, embora falidos em sua maioria, de uma hora para outra, sejam adquiridos e contratem num passe de mágica jogadores a peso de ouro, formando times mesclados com estrangeiros que deveriam ser altamente competitivos e posteriormente demonstrem pouco entusiasmo e nenhum compromisso com a camisa do clube?. Desnecessário identificá-los.
A realidade nua e crua é a indiscutível infiltração dos segmentos altamente capitalizados interessados em controlar o futebol, de tal maneira que inúmeros casos confirmados de aliciamento terminaram judicializados, com pouca divulgação na mídia, quando jogadores são exemplarmente punidos por aceitar propinas, o mesmo não acontecendo com os corruptores, que sequer são citados. O maior vencedor este ano foi o Botafogo ou Textor, seu proprietário?. Faturou em dobro. Até porque presidente de clube com patrão é mera figura decorativa, tanto é verdade, que conheço torcedores incapazes de identificá-los.
Tais clubes SAFados e CITYados, na eventual saída de seus proprietários, deixarão milhares de torcedotários segurando a bola murcha.
E haja promessa de times melhores e títulos nos anos seguintes.
Espere sentado.
Jorge Braga Barretto - Soteropolitano, Perito Criminal de Polícia Civil aposentado, Bel em Direito, rubro-negro, autor de diversos artigos publicados no jornal A Tarde (Espaço do Leitor), nos sites O Servidor e Página de Polícia.
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(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 10.12.2024