Alardeiam que a corrupção campeia desenfreada nas Policiais, paralelamente à prática da arbitrariedade e da falta de respeito às leis. Hipocrisia das mais deslavadas, pois a corrupção - funcionários fantasmas -, a arbitrariedade, a falta de respeito, e a subserviência são hospedeiras cativas da Assembleia Legislativa, onde se aprova tudo o que o Executivo encaminha, sem um exame aprofundado das questões, atropelando a lei e a ética, e o que é mais grave, extinguindo direitos adquiridos e esmagando, com atitudes criminosas, conquistas asseguradas dentro dos preceitos da democracia.
Exemplo flagrante dessa subordinação insana e criminosa é o que aconteceu durante a apreciação do Projeto de Lei nº 22.975/2018, apelidado de pacote de austeridade de Rui Costa, que entre outras coisas propunha o aumento da contribuição previdenciária e mudanças no Planserv.
O projeto foi aprovado na integralidade tendo como relator o Deputado Manassés (PSD), que rejeitou diversas emendas propostas pela oposição a pedido dos servidores públicos. De 63 parlamentares 41 votaram a favor do projeto alguns deles foram reeleitos no último pleito.
Ficou comprovado que se o Poder Executivo encaminhar um projeto de lei decretando o extermínio puro e simples do servidor público, certamente será aprovado pelos deputados do bloco do Governo, sem o menor constrangimento. Deputados estaduais que agem como verdadeiros integrantes de grupos de extermínios prontos para liquidar ou tornar nulos os direitos dos servidores públicos. Uma aberração que continua acontecendo na Bahia, ao arrepio da lei e do respeito.
Deputados da base aliada do governo estão agindo impiedosamente, sem oferecer condições de defesa às suas vítimas, no caso os servidores públicos, que veem os seus direitos serem abatidos sem misericórdia, num processo negligente e pecaminoso de votação.
Projetos equivocados são aprovados despudoradamente, sem qualquer apreciação ou exame, com parlamentares dizendo “amém” mesmo antes da hora. Aprovam tudo como um rolo compressor a serviço do Governo, jogando no ralo do esgoto os direitos de uma categoria que é a mola propulsora da administração pública da Bahia.