No final da manhã desta quinta-feira (10/02), policiais civis se reuniram, em frente à Sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade, no Centro de Salvador. Dentre as reivindicações, a categoria pede a regulamentação do artigo 46 da Lei 11.370/2009 - Lei Orgânica da Polícia Civil da Bahia, que estabeleceu que o ingresso nas carreiras de investigador, escrivão e perito técnico por meio de concurso público dentre as exigências a comprovação de diploma de nível superior, além de melhores condições de trabalho e reestruturação das delegacias.
Um grupo de policiais liderados pelo Sindpoc e o Movimento Junto Somos Mais Fortes realizaram uma caminhada da região do Campo Grande até a Praça da Piedade. O trânsito ficou intenso na região da Avenida Sete de Setembro, segundo informações da Superintendência de Trânsito de Salvador (TRANSALVADOR). Equipes do órgão e da Secretaria de Mobilidade (SEMOB) da capital baiana foram acionadas para ordenar o tráfego nas vias, o protesto foi encerrado no início da tarde.
Na manifestação, os policias também lembraram a morte de dois colegas de trabalho, em um acidente, na última sexta-feira (4). Kleber Correia Cardoso, de 42 anos, e Matheus Guedes Malta Argolo, de 31, estavam na viatura que capotou na rodovia BA-233, entre Itaberaba e Ipirá. O policial Yago ainda está internado em estado grave.
Essa é a terceira manifestação da categoria policial 2022. Em 26 de janeiro, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia anunciou um "LOCKDOWN SEMANAL DA SEGURANÇA PÚBLICA".
"Toda quinta-feira os policiais civis da Bahia vão paralisar as atividades por 24 horas, sempre denunciando a insegurança, pois já temos dito há algum tempo que no quesito segurança o Governo do Estado jogou a toalha", disse o presidente do Sindicato na ocasião.
De acordo com a entidade, a Bahia tem 5,5 mil policiais civis, para atender os 417 municípios, e a recomendação mínima é de, pelo menos, 11 mil agentes no efetivo.
A Secretaria da Administração da Bahia (SAEB) informou que a lei que instituiu a Lei Orgânica da Polícia Civil estabeleceu que o ingresso nas carreiras de investigador, escrivão e perito técnico por meio de concurso público tem entre as exigências a comprovação de nível superior.
Ainda segundo a pasta, a lei não estabeleceu a equiparação remuneratória para as diferentes carreiras e cargos que integram esse grupo ocupacional.
Redação