"Nesse ano não tivemos nossas perspectivas atendidas, não houve mais investimento para a PF, como era nossa expetativa. Esperamos que ano que vem isso acorra, que a polícia tenha um orçamento melhor, que os projetos comecem a andar", enfatizou Evandir Paiva,presidente da ADPF.
O presidente reeleito da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), Evandir Paiva, deixou claro que o governo Jair Bolsonaro e o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, não atenderam as promessas de campanha e não atenderam as perspectivas da categoria.
"Nesse ano não tivemos nossas perspectivas atendidas, não houve mais investimento para a PF, como era nossa expectativa. Esperamos que ano que vem isso acorra, que a polícia tenha um orçamento melhor, que os projetos comecem a andar", enfatizou Evandir Paiva, em entrevista à colunista Bela Megale, do O Globo.
A reportagem destaca que a associação entregou uma carta a Maurício Valeixo, diretor-geral do órgão, afirmando que o sentimento dos delegados é de que “a PF está relegada a segundo plano” na gestão de Sergio Moro.
A categoria defende também que seja estabelecido um mandato para o cargo de diretor-geral, o que para eles representaria mais autonomia para a polícia.
"O ministro Moro fala muito que garante a autonomia da PF, mas ele não pode garantir isso, principalmente por ser um ministro de governo. No momento em que contrariar esse governo, terá problemas internos, e isso é natural. Não podemos depender dessa articulação política. Se estiver na legislação não há o que questionar", disse.
Bolsonaro, por sua vez, já manifestou ser contra a ampliar a autonomia da PF. Em agosto, durante reunião com parlamentares, ele explicitamente contrário à iniciativa.