Salvador, BA – A vida e o legado do deputado estadual Paulo Jackson Vilas Boas (1952-2000), carinhosamente conhecido como “PJ”, serão relembrados no documentário dirigido pelo Cineasta argentino/brasileiro Carlos Pronzato, com estreia marcada para 8 de junho. A produção, que tem Edmilson Barbosa como produtor executivo, busca fortalecer a democracia ao resgatar a história do parlamentar petista, reconhecido por sua postura ética e capacidade de diálogo até mesmo com a oposição.
Paulo Jackson morreu precocemente em 19 de maio de 2000, vítima de um acidente de ônibus nas proximidades de Morro do Chapéu (BA). Sua trajetória política, marcada pela defesa dos direitos sociais e pela combatividade, deixou marcas na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), onde atuou como deputado estadual pelo PT.
O documentário e sua importância
O filme, dirigido por Pronzato – Cineasta argentino/brasileiro radicado no Brasil e conhecido por obras que abordam lutas sociais e memórias políticas –, promove uma reflexão sobre a relevância de figuras como Paulo Jackson na construção de uma sociedade mais justa. A produção mergulha em arquivos, depoimentos e registros históricos para reconstruir a vida do parlamentar, destacando seu compromisso com as causas populares.
Carlos Pronzato, que hoje reside em Salvador, é um "cidadão do mundo" com uma filmografia dedicada a temas como movimentos sociais e resistência política. Já Edmilson Barbosa, produtor executivo do projeto, traz experiência em produções culturais com viés histórico e democrático.
Serviço:
Estreia do documentário: 8 de junho (local e plataforma de exibição a serem confirmados)
Direção: Carlos Pronzato
Produção Executiva: Edmilson Barbosa
A expectativa é que o lançamento reacenda o debate sobre o papel de lideranças comprometidas com a transformação social, inspirando novas gerações.
Confira trailer do documentário:
Paulo Jackson Vilas Boas, conhecido como "PJ", nasceu em Caetité, Bahia, no dia 8 de junho de 1952, filho de João Vilas Boas Castro e Plácida Cardoso Vilas Boas. Desde cedo, demonstrou engajamento com as causas sociais, trajetória que o levaria a se tornar uma das vozes mais combativas do movimento sindical e da política baiana.
Após concluir o primário e parte do secundário em Caetité, transferiu-se para Salvador, onde se formou no Colégio Estadual da Bahia (1971). Ingressou na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), graduando-se em Engenharia Civil (1976).
Iniciou sua vida profissional como técnico na Secretaria do Planejamento (1977), mas foi na Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) que consolidou sua carreira, atuando até o fim da vida.
Paulo Jackson entrou para a política através do movimento sindical, destacando-se como:
• Diretor do Sindicato dos Engenheiros (1981-1986)
• Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto da Bahia (Sindae)
• Secretário-Geral do Departamento Nacional dos Urbanitários da CUT (1990-1993)
• Diretor Estadual da CUT (1992-1994)
• Representante dos trabalhadores no Conselho Nacional de Saneamento (1992-1993)
Foi um dos fundadores do PT na Bahia e, em 1991, elegeu-se suplente de deputado estadual, assumindo o mandato em 1993 após a renúncia de Geraldo Simões (que se tornou prefeito de Itabuna).
Mandatos e Lutas na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA)
Reeleito em 1995 e 1999, destacou-se como:
• Líder da bancada do PT
• Líder do bloco de oposição ao governo estadual (1995)
• Voz ativa contra as privatizações da Embasa e da Coelba
Seu trabalho parlamentar foi reconhecido com os títulos:
• "Destaque em Plenário" (1993), eleito por jornalistas
• "Melhor Líder Partidário" (1994)
• "Melhor Líder do Bloco de Oposição" (1995)
• "Melhor Deputado da Legislatura" (1996)
No dia 19 de maio de 2000, Paulo Jackson faleceu em um trágico acidente de ônibus na BA-052, quando viajava de Salvador a Xique-Xique para palestrar contra a privatização da Embasa. Sua morte causou grande comoção na política baiana.
Em sua homenagem, a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) batizou a galeria do plenário como "Galeria Deputado Paulo Jackson Vilas Boas" (2002).
Casado com Suzana Rocha Nascimento, deixou dois filhos: Daniel e André.
25 anos após sua morte, seu legado permanece vivo na luta por democracia, justiça social e direitos dos trabalhadores. Sua história inspira novas gerações a continuarem combatendo as desigualdades e defendendo o saneamento público como direito fundamental.
"Paulo Jackson não foi apenas um político ou sindicalista – foi um homem que viveu com ética, coerência e paixão pela transformação social."
#PauloJacksonPresente #LutaQueInspira
(Fontes: ALBA, Sindae, CUT-BA e registros históricos)
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