Com o advento das SAFs e casas de apostas, fica fácil constatar - desde que o torcedor consciente descarte a paixão e adote a função de observador -, a flagrante manipulação por controle remoto do futebol, em obediência aos interesses dos megaempresários proprietários que assumiram os rombos dos clubes falidos.
É de causar espécie e estranheza a ausência do poder público ao permitir a mudança brusca e desrespeitosa do velho e querido estádio Octávio Mangabeira para Casa de Apostas Arena Fonte Nova.
Configura-se a priori uma brutal lavagem de dinheiro posta em prática por aqueles que vislumbram apenas e tão somente o lucro fácil. Quem se dispuser a observar com atenção, perceberá que praticamente todos os clubes brasileiros possuem em seus uniformes propagandas de casas de apostas. Digo mais: algumas transmissões esportivas, principalmente nos canais fechados, não somente patrocinam como induzem o telespectador a "apostar com responsabilidade".
E assim o futebol brasileiro vai sendo sepultado vivo. Enquanto os agentes corruptores continuam impunes por aliciar jogadores para que pratiquem o antifutebol com a finalidade de alterar resultados dos jogos - vide caso recente de Bruno Henrique, do Flamengo, cuja denúncia caiu no esquecimento - a justiça esportiva caolha penaliza severamente os jogadores dos considerados pequenos clubes.
Até que ponto este superpoder não estaria envolvido nos absurdos reajustes salariais dos presidentes das entidades ligadas ao futebol?. Até parece que o orçamento secreto contaminou o futebol. Como política e futebol andam de mãos dadas, não estaria a extrema direita abraçando a causa como forma de manter a perversa alienação popular?. Como se encontra o "futibó brasilêro", movido a salários altíssimos com clubes formados por jogadores estrangeiros em sua maioria, a próxima Copa de Mundo ainda é uma incógnita.
Os resultados pífios nas eliminatórias têm tudo a ver. Não é de causar estranheza a dificuldade demonstrada por muitos torcedores quando da identificação dos presidentes dos clubes SAFados, CITYados e envolvidos com o Sportingbet. O Botafogo de Textor engoliu tudo o ano passado, mas terminou engasgado com o desconhecido Pachuca.
Quem seria capaz de adivinhar o escolhido em 2025?.
Façam suas apostas.
Jorge Braga Barretto - Soteropolitano, Perito Criminal de Polícia Civil aposentado, Bel em Direito, rubro-negro, autor de diversos artigos publicados no jornal A Tarde (Espaço do Leitor), no site O Servidor e no Portal de Notícias Página de Polícia.
Contato: [email protected]
Coluna Jorge Braga Barretto/O SERVIDOR, acesse e acompanhe suas últimas publicações:
(*) Publicado no Jornal A Tarde, (Espaço do Leitor), edição de 29.04.2025.