Os artigos elaborados por Taurino Araújo apresentarão as polianteias dedicadas aos dois grandes intelectuais baianos com os títulos Nelson Cerqueira: alquimia, construção e logos — um pacto autobiográfico e Signos em transe: a semiótica de Lícia Soares de Souza.
Autor de Hermenêutica da desigualdade: uma introdução às ciências jurídicas e também sociais (Del Rey, 2019), jurista e pensador brasileiro, Taurino Araújo é crítico literário, Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais. A sua Magnum Opus é considerada uma Epistemologia genuinamente brasileira, afora o conceito de verdade absoluta, 95 anos depois da Semana de Arte Moderna (1922).
A crítica literária sobre Nelson Cerqueira retoma o caráter universal de sua literatura de a partir de seu confessado pacto autobiográfico entre sertões, mares e desertos de produção em quatro continentes, obra pioneira na possibilidade e criação de sistemas.
Já a crítica sobre Lícia Soares de Souza acontece diante da análise das próprias adversidades da 1- Semiótica/Semiologia e da 6 - Comunicação Social, enquanto campos teóricos de aplicação; do ensino e do aprendizado de línguas e bem assim da sua presença no Quebec, retratados nos enfoques sobre 2- ensino de francês e estudos canadenses, bem como através de um específico mergulho na 3-poesia canadense francófona. Na sequência, temos, finalmente, a volta às origens existenciais da homenageada no que se refere à 4- literatura do ciclo canudiano e a sua 5-literatura brasileira: autoficção, distopia, afrodescendência.
Em evento na UEFS, debatedores abordam a obra autoral do jurista Taurino Araújo, com título 'Entre o logos e o mito: Taurino Araújo e a Hermenêutica da Desigualdade, a estética e a potência da palavra na arte de formular um pedido'.
A participação do pensador Taurino Araújo na ‘Noite Ciência e Arte na UEFS’, que ocorreu na terça-feira (06/06/2023), foi um evento de destacada importância para a universidade e para a comunidade feirense. Durante o encontro ocorreu o lançamento da obra reunida do poeta Eduardo Boaventura, intitulada “Alameda dos Encantos”, acompanhada do Seminário “Entre o logos e o mito: Taurino Araújo e a Hermenêutica da Desigualdade, a estética e a potência da palavra na arte de formular um pedido”.
Notícia biográfica
NELSON CERQUEIRA (Irará, 17 de junho de 1942) é jornalista, escritor, ficcionista e ensaísta, tem graduação em Letras: Língua e Literatura Alemã pela Universidade Federal da Bahia (1975), é mestre (1978) e doutor (1986) em Literatura Comparada pela Indiana University (EUA), professor adjunto da Faculdade Hélio Rocha e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da UFBA. Publicou vários livros, entre os quais: Hermenêutica & literatura: Um estudo sobre William Faulkner e Graciliano Ramos (CARA, 2003), A Crítica Marxista de Franz Kafka (CARA, 2005), Pêndulo – poemas (Imago, 2010), A estética da recepção da poesia de Agostinho Neto (Imago, 2011), Uma Visita a Jorge Amado (Imago, 2013), O quinto segredo de Jane, romance (Instituto Memória, 2020) e Sonetos do Isolamento (Instituto Memória 2021).
LÍCIA SOARES DE SOUZA, Salvador, 23 de abril de 1954, semióloga, poeta, ensaísta e romancista, é Professora Emérita da Universidade da Bahia (UNEB), Professora permanente do Programa de Pós-Graduação Crítica Cultural da UNEB, membro do Centro de Estudos em Literatura Quebequense (CRILCQ). Vice-presidente da Association Internationale d’Études Québécoises, para as Américas. Oficial da Ordem do Rio Branco, condecoração do Itamaraty por serviços prestados no exterior à cultura nacional (Canadá, França, Alemanha). Colaboradora do Programa Pós-Cultura da Universidade Federal da Bahia (UFBa), professora associada da Universidade do Quebec em Montreal, pesquisadora do CNPq, Doutora em Semiótica pela Universidade do Quebec, publicou vários livros em semiótica narrativa no Brasil, Canadá e Alemanha, entre outros: Introdução às Teorias Semióticas (Vozes, 2006) e Literatura e Cinemas, Traduções Intersemióticas (EDUNEB, 2009).
Baixe:
Nelson Cerqueira: alquimia, construção e logos — um pacto autobiográfico| Por Taurino Araújo
Signos em transe: a semiótica de Lícia Soares de Souza| Por Taurino Araújo